Ensaio - parte 8
“As formas da cidade, com prédios grandes e imponentes, aliados à edifícios muitas vezes abandonados, são núcleos sólidos na malha urbana. São nós estruturais de significação”
No Setor Comercial Norte, um hotel inacabado é freqüentemente invadido por moradores de rua. Uma oficina mecânica clandestina funciona no térreo.
O proprietário - um empresário paulista - morreu nos anos 90 e 22 herdeiros ainda brigam para ficar com o prédio. Mas isso não impede que o edifício seja usado como outdoor.
A construção da nova sede da Câmara Legislativa está paralisada há meses. Indícios de superfaturamento fizeram com que a obra fosse embargada.
Às margens do Lago Paranoá, um prédio de 12 andares afronta a legislação urbana da capital: a edificação tem mais de 50m de altura, quando o permitido no local seriam no máximo 12 m.
Em 1987 a construção do que seria um hotel teve início. Mas devido às irregularidades da obra, uma série de revendas ocorreu, e a construção ficou a cargo de dois empresários. No início do governo Collor, a obra foi embargada. Desde então, os proprietários brigam na Justiça para evitar a demolição e concluir o edifício.
O predião, como ficou conhecido, já foi ponto de encontro dos praticantes de rapel, que hoje são proibidos de descer os 12 andares. O prédio foi cercado e uma placa em frente às obras lembra que se trata de área particular com acesso restrito.
O que antes era uma vila, construída por meio de invasões, dá lugar a um terreno baldio ao lado da Academia de Tênis de Brasília. Demolido há cerca de dois anos, o local possui apenas pilastras, plantas e lixo.
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