Semana de doação de sangue chega ao fim
Aumento no número de doações e conscientização de sua importância são os principais resultados alcançados
por Aerton Guimarães
A Semana Nacional de Doação de Sangue chegou ao fim e contabiliza ótimos resultados. Segundo Maria de Fátima Brito, diretora da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), houve aumento de 30% a 40% no número de doações nesta semana, em que também foi realizada a IV Semana dos Doadores Voluntários de Sangue.
Entre segunda-feira e sábado, 25 de novembro, dia mundial do doador de sangue, diversas atividades foram oferecidas pelo Hemocentro, como apresentações de música e teatro e a doação de sangue por atletas e artistas. Para Maria de Fátima, um dos objetivos da Semana é sensibilizar as pessoas promovendo a conscientização da necessidade de doar sangue. “A Semana quer não apenas estimular, mas também agradecer e homenagear aquelas pessoas que já são doadoras”, lembra.
O Distrito Federal possui a maior média de doadores do país, segundo a diretora do Hemocentro. Cerca de 3,5% de sua população têm o costume de praticar o ato de solidariedade, enquanto no Brasil, a média é de 1,8%. Isso quer dizer que, mensalmente, de cinco a seis mil doações são realizadas no DF, sendo que 60% dos doadores são jovens de 18 a 29 anos.
Para a Organização Mundial de Saúde, o ideal é que 3% da população doe sangue pelo menos uma vez ao ano, meta ultrapassada pelo DF. Outro número que orgulha o Hemocentro da capital é a quantidade de doadores voluntários: eles representam mais de 90% do total existente.
É o caso da estudante Janene Portela Aguiar (foto), de 19 anos, que vai realizar sua primeira doação. Segundo ela, não é esforço algum praticar o ato solidário. “Acho muito importante ajudar quem está precisando e também não vai custar nada para eu fazer isso”, afirma. A dona de casa Carmem Magalhães, de 34 anos, já doou sangue cinco vezes e tornou-se doadora regular do Hemocentro. “Acho que é o mínimo que a gente pode fazer para ajudar o ser humano. É um gesto de amor” completa.
Para quem rejeita a idéia de doar sangue, a diretora do Hemocentro (foto abaixo) esclarece: “A pessoa que doar uma vez não precisa continuar doando. O organismo dela não vai obrigá-la a isso, como algumas pessoas pensam. Doar não engrossa e nem afina o sangue, e não tem risco de a pessoa se contagiar com alguma doença porque o material utilizado é todo descartável”, ressalta.
Neste fim de ano, o Hemocentro faz um apelo às pessoas para que compareçam aos locais de doação, época na qual costumeiramente os bancos de sangue sofrem com a redução de material disponível, devido à diminuição de doações ocasionadas pelas férias.
Para doar sangue é preciso:
Ter entre 18 e 60 anos de idade;
Não estar usando medicamentos;
Pesar acima de 50 quilos;
Ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior;
Não realizar exercícios físicos antes da doação;
Não ter ingerido bebida alcoólica nas 24 horas anteriores;
Não ter colocado piercing ou feito tatuagem nos últimos doze meses;
Evitar fumar duas horas antes da doação;
Não ingerir leite e seus derivados (manteiga, margarina, queijo, iogurte) ou alimentos gordurosos até três horas antes da doação.
Matéria publicada originalmente no site Campus online em 26 de novembro.
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