sexta-feira, outubro 28, 2005

O monstro do labirinto

Minotauro – o monstro com cabeça de touro e corpo de homem
Aerton Guimarães

O Minotauro é um dos mitos mais conhecidos das histórias gregas. Ele já estimulou diversos escritores e foi tema de filmes, desenhos e peças de teatro.
De acordo com a mitologia grega, Posêidon, deus do mar, enviou um lindo touro branco a Minos, rei de Creta, que deveria ser sacrificado em sua honra. Como o rei ficara deslumbrado com a beleza do animal, ele decidiu sacrificar outro touro, de menor beleza, em seu lugar.

Quando Posêidon descobriu a desfeita do rei Minos, decidiu vingar-se fazendo com que a esposa deste, a rainha Pasífae, se apaixonasse fortemente pelo touro. Dessa bizarra paixão nasceu Astérion, mais conhecido como Minotauro, ser monstruoso com cabeça de touro e corpo de homem que se alimentava somente de carne humana.

Furioso com a traição da mulher, Minos ordenou a Dédalo, um renomado engenheiro e construtor, que providenciasse uma espécie de prisão para a hedionda criatura. Assim, surgiu o labirinto no qual centenas de caminhos se cruzavam sem saída, onde Minotauro foi aprisionado.

Após muitos anos, Minos declarou guerra a Atenas, para vingar o assassinato de seu irmão Androgeu. Conseguiu tomar Atenas e impôs aos perdedores que estes deveriam enviar um tributo periódico de 7 moças virgens e 7 rapazes para serem encaminhados ao labirinto e servirem de alimento ao Minotauro.

Quando os atenienses se preparavam para pagar mais uma vez o tributo determinado por Minos, Teseu, filho do velho rei de Atenas, Egeu, se ofereceu para ir à Creta como um dos 7 rapazes para matar a criatura. Ele estava cansado de enviar vítimas ao monstro e queria dar um fim a essa situação.

Ao chegar à cidade conheceu Ariadne, filha do rei Minos, que se apaixonou por Teseu e decidiu ajudá-lo em sua tarefa. Para isso, deu a ele uma espada e também um novelo de linha para impedir que se perdesse no labirinto.

Teseu conseguiu matar o monstro e, ao seguir a linha desenrolada do novelo, saiu do labirinto juntamente dos outros que o acompanhavam. Ao lado de Ariadne e alguns amigos atenienses, eles fugiram de Creta em direção à Atenas. O príncipe logo virou rei e foi sempre reverenciado por seu corajoso ato.

Matéria para a seção Contos e Lendas do suplemento Escola do Jornal Planalto Central