A greve na FAC
A reunião dos professores,realizada hoje no auditório da FAC, objetivava discutir os caminhos da greve e também sua legitimidade. Convidado para fazer esclarecimentos sobre as decisões da ADUnB, seu secretário geral, Paulo César, compareceu à reunião e tirou as dúvidas e/ou reforçou o que os professores já pensavam, como bem disse o professor Hélio Doyle. Questionado sobre os métodos da ADUnB para tomar decisões, como é o caso da greve, Paulo César defendeu que os professores não participam por falta de interesse, pois a ADUnB possui site, jornal, panfletos e avisos que são repassados constantemente aos professores. A professora atual do Jornal laboratório Campus, Márcia Marques, chegou a criticar tais informativos, por não serem dinâmicos e difíceis de se compreender.
Eu, como representante do Centro Acadêmico na reunião, distribuí aos presentes o Levantamento sobre a greve dos professores da UnB que fiz juntamente com Bárbara Lins, Daniela Maia e Guilherme Rocha, que demonstra que a maioria dos professores da Universidade de Brasília já aderiram à greve. Os departamentos ou faculdades de Ciência Política, Ciências Contábeis, Educação Física, Geografia, Nutrição e Serviço Social paralisaram totalmente, enquanto Administração, Antropologia, Direito, História e Relações Internacionais decidiram continuar normalmente as aulas.
O levantamento foi bem recebido pelos professores, que elogiaram a iniciativa dos estudantes, mas também recebeu críticas, entre elas a falta de precisão das informações e a confiabilidade das mesmas.
Momentos finais
Após mais de duas horas e meia de deliberações, os professores agradeceram a presença do secretário geral da ADUnB, que se retirou pois tinha outro compromisso. Assim, começaram a expor suas idéias em relação ao que deveria ser decidido nessa reunião, que contou com a presença de 22 professores.
Marcelo Feijó propôs que se votasse uma provável suspensão das aulas, e não uma adesão à greve, pois na realidade a maioria dos professores não era a favor dela. O professor Murilo Ramos rebateu dizendo que não cabia aos professores tal decisão, pois ela é administrativa, logo, o que deveria ser votado era a adesão ou não à greve.
O professor Hélio Doyle reforçou sua posição contrária ao movimento, por não concordar com a maneira pela qual ele está sendo conduzido, mas reconheceu que praticamente todos os professores presentes iriam votar a favor da greve devido à paralisação dos servidores, que prejudica diretamente os estudantes devido ao fechamento do RU, BCE, laboratórios, etc, e que iria acatar a decisão tomada pelo colegiado.
A pergunta colocada em votação foi: Quem é a favor da adesão à greve? 19 professores levantaram as mãos. E sobre a não adesão, manifestaram-se três professores. Com isso, a FAC entrou em greve oficialmente, às 17he46 minutos desta segunda-feira.
Análise da notícia
Finalmente os professores pensaram nos alunos. vários deles reforçaram a idéia por mim defendida, de que as aulas são inviáveis sem que o restaurante universitário, a biblioteca, as secretarias e os laboratórios funcionem normalmente.
E quero parabenizar a Faculdade de Comunicação pela organização em relação a esse complicado tema. Pode parecer que estou sendo irônico, mas ela realmente se destacou frente a diversas outras faculdades que nem ao menos se posicionam durante a greve, deixando a cargo dos professores decidirem se darão aula ou não, como pôde ser constatado em nosso levantamento pela UnB.
E agora que estamos em greve, não podemos ficar parados. O CACOM, o SOS Imprensa, a Ralacoco e várias entidades possuem, a partir de agora, disponibilidade de tempo para organizar as atividades de greve. Ela não serve para ficarmos em casa assistindo tv, e sim para aprendermos com ela, como ressaltou a professora Célia Ladeira na reunião anterior.
1 Comments:
blza terem decidido em definitivo, afinal...
só uma coisinha... podia ter sintetizado mais...nem todo mundo tem paciencia de ler ateh o final (desconsidera isso na hora de ler o post de hoje no something).
bjus, sr futuro jornalista
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