terça-feira, novembro 25, 2008

Reencontro

A gente tem a tendência de, sem perceber, deixar as coisas como estão. E os desencontros do dia-a-dia acabam se tornando rotina. Mesmo incomodando um pouquinho, como se fosse aquele calo do dedinho do pé, a gente deixa lá. Os encontros que eram rotina acabam se transformando em desencontros, que também viram rotina. E o vazio, que antes era raro, se torna constante e vira rotina, também. E se acostumar com o vazio é pior do que deixar aquele calo no dedinho.
Porque o calo muda de lugar, e dói mais. Mas, mexendo um pouco uns pauzinhos, a gente consegue se encontrar de novo, eu sei. E depois dessa história toda, o reencontro dá a lição de que tudo tava errado. E no fim das contas a gente acaba percebendo que se desencontrar também é um encontro.

por Ana Elisa Santana.
Publicado originalmente no blog http://www.livrespassos.blogspot.com/
Da coleção: A história de nós dois. No prelo.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Ana

Às vezes me pergunto quando. Não lembro.
Às vezes me pergunto como. Não sei.
Às vezes me pergunto o porquê. Tenho vagas noções.
Às vezes me pergunto onde. Talvez em todo lugar.

É mais que muito. É além do tudo. Entende discorda, briga.
Tranquila, inquieta, impaciente. Insegura, mandona, companheira.
Impossível não gostar. Mais difícil ainda não se apaixonar.
Calada, comunicativa, sabe ouvir. Detalhista, durona, despreocupada.
Centrada, exigente, batalhadora. Preguiçosa, esforçada, dedicada.
Profissional. Amada, idolatrada, salve salve? Querida.

É proibido viver sem. Questionadora, desligada, fora de série.
A fábrica fechou após esse exemplar. O preço? Difícil de calcular.
Responsável, carinhosa, indecifrável. Mas quando pergunto quem, já sei.

É ela.

Obrigado por tudo.

Para Ana Elisa Santana.

Inmet prevê dia mais quente do ano para esta tarde

Aerton Guimarães - do CorreioBraziliense.com.br

A tarde desta segunda-feira (27/10) pode ser a mais quente do ano no Distrito Federal. A previsão é de que os termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) possam ultrapassar a marca de 34ºC nas horas mais quentes.

A umidade do ar deve variar entre 55% e 15%.O dia mais quente registrado este ano foi a sexta-feira (17/10), quando os termômetros marcaram 34ºC por volta das 15h. No entanto, em toda a história do Distrito Federal, a temperatura mais elevada registrada foi de 34,5ºC, em 12 de outubro de 1963.

O Inmet alerta que a semana deve ser quente, com muito sol e céu aberto. A previsão é de que chova na quarta-feira (29/10), mas em locais isolados e em baixo volume. Recomenda-se que o brasiliense evite ficar exposto ao sol entre 10h e 16h, e que beba, pelo menos, dois litros de água por dia.

publicada em 27/10/08.

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Postos do DF reajustam valor dos combustíveis em quase 20%

Aerton Guimarães - do CorreioBraziliense.com.br

Quem foi abastecer o carro na manhã desta terça-feira (14/10), levou um susto com o valor registrado na bomba. Já durante a madrugada, diversos postos em todo o Distrito Federal reajustaram o preço do álcool e da gasolina. Nas asas Sul e Norte, onde a gasolina era encontrada por até R$ 2,14, o preço foi elevado a R$2,59. Já o álcool, que chegava a custar R$ 1,38, subiu para R$ 1,89.

A mudança pegou os motoristas de surpresa. "Levei um susto. A diferença do preço de ontem para hoje é muito grande", diz a administradora de empresas Aline Veloso, que aproveitou para encher o tanque em um dos últimos postos da Asa Norte que ainda vendiam ao preço antigo pela manhã.

O corretor de imóveis Albeto Saraiva questionou a mudança. "É um absurdo. Enquanto o valor do barril de petróleo não pára de cair no mundo inteiro, eles querem aumentar os preços por aqui?", questiona. "Deve ser a crise, agora essa é a desculpa para todos os aumentos", afirma Leonardo Melo, funcionário público.

De acordo com José Carlos Ulhôa, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Distrito Federal (Sinpetro), a elevação dos preços não está ligada à crise internacional. Segundo ele, os postos estavam em uma verdadeira guerra comercial há mais de um mês, o que gerava grandes prejuízos aos empresários. "O preço estava muito abaixo do valor de custo. Necessitamos de uma margem para ganhar dinheiro".

Ulhôa disse ainda que dois grupos que causaram o que chamou de "suicídio coletivo comercial" , quando reduziram os valores no final do mês de agosto, decidiram voltar agora aos valores de antes. A nova mudança gerou uma reação em cascata. "Era uma guerra de preços. Quando alguns empresários baixaram os preços, eles esperavam ter lucro com o aumento na quantidade das vendas, o que não aconteceu. Agora o mercado voltou ao normal", garante.

Publicada em 14/10/2008.

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Venda de motos bate recorde no DF em junho

Aerton Guimarães - do CorreioBraziliense.com.br

Em junho as lojas revendedoras de motos do Distrito Federal bateram recorde. Foram 2.224 motos vendidas, segundo o Sindicado dos Concessionários e Distribuidores de Veículos autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF). No mês anterior, as vendas chegaram a 1,9 mil.

O crescimento da frota de motocicletas é contínuo e, nos próximos meses, deve ultrapassar a casa dos 100 mil veículos só no DF. Em uma concessionária da Asa Sul, inaugurada no início do ano, a média de vendas mensais é de 150 motos. Número considerado alto, mas que ainda vai crescer, segundo Cristian Brandão, consultor da Sincodiv/DF: "A gente acredita que em 2009 vamos vender mais motos do que carros". Em todo o Brasil, o sexto mês do ano vendeu quase 175 mil veículos.

Na concessionária, há modelos que variam de R$ 5,3 mil a R$ 95 mil reais. De acordo com Brandão, o comprador de motos na capital se difere do restante do país. "Em Brasília as motocicletas de 250 cilindradas são mais vendidas do que nos outros mercados como São Paulo e Rio de Janeiro. São motos mais caras e, tanto pela renda maior do brasiliense como por motivos de falta de segurança nessas outras cidades, elas saem mais aqui no DF", garante.

O policial Luiz Cláudio Nogueira já teve uma moto no passado e conta atualmente apenas com um carro. Mas já está em busca de outra motocicleta. "Quero uma moto principalmente para fugir do trânsito. E para quem já foi motoqueiro não consegue viver mais sem", afirma.
Além de tentar evitar o trânsito de mais de um milhão de carros do DF, os motociclistas também têm outras vantagens. "As taxas de juros dos bancos estão mais baixas e há a maior flexibilização nos prazos de pagamento", diz Brandão.

Mais mulheres motociclistas
Junto com o crescimento nas vendas, também aumentou o número de mulheres com a habilitação para motos. Nos cursinhos preparatórios para a prova do Departamento de Trânsito (Detran), já é visível a presença cada vez maior delas. A massagista Vânia Viera Sousa está tirando a licença agora e diz que prefere a motocicleta não só economicamente, mas também para evitar o trânsito: "Eu acho bem melhor, gosto muito de moto e prefiro uma do que ter carro".

AcidentesOs acidentes com vítimas fatais de motocicletas também têm aumentado nos últimos anos. Se em 1997 foram 27 mortos no trânsito, em 2007 esse número chegou a 93. Neste ano, o número de motociclistas mortos já chega a 38, de acordo com o Detran. O órgão pretende lançar uma campanha na próxima semana para tentar reduzir o número de acidentes envolvendo este tipo de veículo.

publicada em 23/07/08 no site www.correiobraziliense.com.br

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