sexta-feira, junho 30, 2006

Lá de cima

quarta-feira, junho 28, 2006

Muitos gols e boa atuação brasileira entusiasmam torcedores

Com cinco substituições, Parreira consegue dar a agilidade que faltava à seleção. E a emoção aqui no país foi a mil durante jogo contra a seleção japonesa
Aerton Guimarães

Jornal Sgrobous, Brasília, 23 de junho de 2006
Caderno de Esportes – página 13



No jogo de ontem, a emoção tomou conta da casa dos Cipriano, família residente no Guará. Reunida em peso, além de contar com a presença de vários amigos, ela assistiu com êxtase ao melhor jogo do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo. Muita comida, cerveja e animação completaram a festa.

Minutos antes de começar o jogo Brasil X Japão, o técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, anunciava as mudanças no time: cinco substituições, mais do que qualquer torcedor brasileiro esperava. Adriano, Zé Roberto, Emerson, Roberto Carlos e Cafu deixaram o time para as entradas de Robinho, Juninho Pernambucano, Gilberto Silva, Gilberto e Cicinho.

A estudante Bruna Gomes, 11 anos, recebeu a notícia com entusiasmo: “Esse time vai defender muito bem”. Bruna, que é fã do goleiro Dida, apostou com firmeza: “vai dar 3X0 para o Brasil”.
Para Artur Manoel, 12 anos, o jogo não seria fácil. “O Japão vai fazer muita pressão”, garantiu. Ainda assim, o adolescente apostou no placar de 2X0 para o Brasil.

Início da partida, todos atentos. Eram quase 30 pessoas com olhares atentos ao telão de cinema comprado exclusivamente para assistir à Copa. Após seis minutos de jogo, o Brasil já faz seu primeiro chute ao gol. Alarme falso, os torcedores gritam em vão. É Ronaldo, que dá indícios do show que faria posteriormente.

Com outro chute, só que de Kaká, antes mesmo dos dez minutos do primeiro tempo, Aécio Cipriano não esconde a decepção com a defesa do goleiro japonês. Mais um, depois outro e ainda outro! Haja coração. Antes de 20 minutos de partida, já são cinco finalizações, porém sem sucesso. Ricardo Gomes, 10 anos, não tira os olhos do telão nem por um instante, ansioso para ver a rede balançar.

Já se passaram 30 minutos. Oito finalizações brasileiras e nenhum gol. Cristina Alves não consegue ficar parada. Espreme os olhos, se encolhe na cadeira e reclama com a amiga sobre os erros dos jogadores sugerindo movimentações, como todo bom torcedor que decide atuar como técnico da seleção.

Três minutos depois, silêncio quase total. Só se ouve a narração abafada de Galvão Bueno na sala, com o gol de Tamada, da seleção japonesa. Joelza Gomes cruza os braços insatisfeita. Os torcedores se mostram decepcionados e exigem uma reação do Brasil. Seria aquela a primeira derrota do país na copa? Não. A reação viria em seguida. Quando Ronaldo entra na pequena área, Joelza respira fundo. Lá atrás, a avó da família, Dona Santa, levanta e dá um grito: “É só chutar pro gol”. E parece que o brado ajudou. Aos 46 minutos do primeiro tempo, o Brasil empata com o chute certo de quem seria consagrado, logo logo, o maior artilheiro de copas do mundo.

Gritaria, todos pulam de felicidade. Com o fim do jogo, é hora de aproveitar os petiscos e a refeição preparada: muita pipoca, cerveja, refrigerante e caldos, que combinaram muito bem com o friozinho daquele final de tarde.

De virada é mais gostoso
Com o início do segundo tempo, mais emoções. “A gente podia perder esse jogo para a seleção baixar um pouco a bola”, criticou Cristina.

Aos cinco minutos, mais um chute de Ronaldo rumo ao gol. E mais um erro. Várias pessoas reclamam da mira de nosso atacante. Porém, dois minutos depois, Juninho Pernambucano chuta de fora da área e acerta a mira. Era o segundo gol da seleção, para alívio dos torcedores. Foi uma surpresa para todos, que vibraram fortemente.

Não deu nem para respirar. Aos nove minutos, mais uma cabeceada de Ronaldo, porém mal sucedida. Aos 13 minutos, o lateral-esquerdo Gilberto avançou e marcou o 3º gol. Agora a risada é solta. Fica no ar a sensação de “essa eu já sabia”. O pequeno Pedro Henrique, 2 anos, já nem presta atenção no jogo. Para ele ficou sem graça a facilidade com que a seleção massacrava o Japão de Zico, com um futebol que há tempos não se via.

Robinho também tenta brilhar, mas não consegue. Esse dia era mesmo de Ronaldo. Aos 35 minutos ele marca mais um, para calar aqueles que o condenavam por causa do sobrepeso.

A concentração e nervosismo do primeiro tempo foi esquecida. Desde o segundo gol brasileiro, todos os presentes na casa dos Cipriano só queriam saber de rir, contar piadas e relaxar.

Fim de jogo, placar de 4X1 para o Brasil. Muita comemoração e abraços calorosos. “Eu estava torcendo pelo Japão, mas depois dos dois gols que o Brasil fez, eu me rendi”, declarou a agora sorridente Cristina, contente por Ronaldo, o jogador com o maior número de gols em uma Copa do Mundo, ao lado do alemão Gerd Müller.

Classificada em primeiro lugar em seu grupo, a seleção brasileira enfrentará, nas oitavas-de-final, a seleção de Gana no próximo dia 27, ao meio-dia. Muita emoção ainda está por vir.

Feita originalmente para a disciplina Técnicas de Jornalismo.

segunda-feira, junho 26, 2006

Leveza

foto: Gabriella Guimarães (minha irmã)

sábado, junho 24, 2006

Praia

sexta-feira, junho 23, 2006

Quem é mais forte?

quarta-feira, junho 21, 2006

Passado

terça-feira, junho 20, 2006

Há uma luz no fim do túnel

segunda-feira, junho 19, 2006

Niterói

domingo, junho 18, 2006

Sensualidade

sábado, junho 17, 2006

Momentos

quinta-feira, junho 15, 2006

O papel do jornalista na comunicação pública

Uma das maiores diferenças entre se trabalhar em uma empresa pública e em uma privada é um pouco óbvia, mas vale sempre lembrar: a forma de pensar em relação aos acontecimentos. Muitas vezes o jornalista experiente, acostumado aos grandes veículos de comunicação, desenvolve um olhar voltado principalmente para o mercado, sempre visando ao lucro.

A maneira de agir e pensar é pautado pelo que a audiência quer e, principalmente, pelo que os anunciantes querem associar seus produtos.

Diferentemente do que acontece nos organismos privados, a atuação do jornalista na comunicação pública não busca o lucro. O objetivo de seu trabalho é apurar bem as informações de âmbito público para divulgá-las aos veículos de comunicação e, conseqüentemente, à população.

Muito mais que informar, seu papel transcende a responsabilidade social, justamente por fazer notícias sobre a população e para ela. Se a comunicação é pública, ela não pertence a ninguém específico, e sim a todos. Um bom exemplo de empresa de comunicação pública é a BBC de Londres. Quem a financia é a própria população inglesa, daí a necessidade de se fazer programas de qualidade.

Portanto, o jornalista que trabalha nessa área pode e deve preocupar-se com a imparcialidade ao transmitir a informação e com a produção de programas e matérias educativas que tratem de problemas sociais e questões relevantes ao país, sem utilizar o sensacionalismo e a propagação de falsas imagens.

Achei esse texto extremamente clichê...

domingo, junho 04, 2006

Uma volta por Brasília

Grande Circular
Pôr do sol
Relógio de Taguatinga


Sinos da Catedral



Catedral

Mais um pôr do sol

quinta-feira, junho 01, 2006

Ciência e variedade cultural em um só lugar

Criada há 45 anos, Editora UnB se destaca como uma das melhores editoras universitárias do país
Aerton Guimarães

Para o estudante da UnB pode ser muito difícil encontrar livros de Aristóteles, Platão, Max Weber, Karl Marx, Nietzsche e de professores da própria universidade. Nas livrarias comuns, usualmente não há um acervo acadêmico tão vasto e, quando existe, os preços não são os mais acessíveis. E foi justamente pensando neste problema que a Editora UnB surgiu.

Criada como um órgão complementar da Universidade em 1961, antes mesmo da inauguração da instituição, a Editora começou a funcionar com um objetivo bem definido: fomentar o conhecimento acadêmico por meio de publicações de qualidade e que contribuíssem com o saber da humanidade.

Assim, é possível encontrar os mais variados títulos de diversos autores, conhecidos ou não na academia. A linha editorial da Editora chegou a ser bastante restrita no passado, mas atualmente engloba praticamente todas as áreas de conhecimento, de acordo com o diretor da instituição, o professor Henryk Siewierski. “Mas as linhas mais fortes na Editora são as de Relações Internacionais, Ciências Políticas, Antropologia, Literatura e História, além de Ciências Exatas”, explica. Por isso, facilmente vemos, lado a lado, livros clássicos gregos e também didáticos da Física pós-moderna.

Devido a essa variedade de títulos, logo após inaugurada a Editora foi alvo de críticas das editoras comerciais, que a viam como uma concorrente desleal, por possuir o apoio do Estado. No entanto, essa visão mudou, já que a Editora nunca visou o lucro e seu perfil é bastante diferente das outras livrarias, por atender um público específico dentro do mercado.

Com mais de 1.600 títulos publicados, o acervo contempla cerca de mil autores diferentes. Ao longo desses 45 anos de existência, ela tem obtido sucesso em suas vendas. Em 2001, mais de cem mil livros foram comercializados. Já em 2003, esse número teve um aumento de 100%, chegando a 200 mil exemplares vendidos.

Considerada uma das maiores e melhores editoras universitárias do país, a Editora UnB possui nas vendas de livros sua principal fonte de renda, mas ainda assim conta com o apoio da reitoria da universidade. Há um núcleo da UnB cuja função é captar recursos para toda a universidade e que também repassa parte deles à Editora. Além disso, ela possui convênios e contratos com alguns órgãos e consegue arrecadar verbas para se manter.

Renovar para crescer
Após o golpe militar de 1964, a Editora passou por um período de estagnação. O ritmo de publicações que fora alcançado logo nos primeiros anos de existência não teve continuidade, o que a fez perder destaque no mercado. Para retomar o compasso, adotou em 1969, o sistema de co-edição de livros com outras editoras, tanto nacionais quanto internacionais. Isso possibilitou o aumento de publicação de obras, mas só a partir de 1978 a Editora UnB voltou a crescer em ritmo acelerado.

Embora se destacasse pela qualidade dos títulos que possuía, graficamente os livros não eram nem um pouco chamativos. E foi esse fato que levou em 1985 o reitor Timothy Mulholland, na época diretor da editora, a investir não só em autores renomados para aumentar seu acervo, como também no aspecto visual dos livros, para deixá-los mais atrativos. Além disso, Timothy optou por aumentar as parcerias com outras editoras a fim de diminuir os custos da produção.

A partir daí a Editora não parou mais de crescer. Atualmente ela conta com três livrarias próprias, duas no Campus da UnB na Asa Norte e outra no aeroporto de Brasília. Mais de 80 funcionários trabalham em áreas como a editoração, seção administrativa, almoxarifado e distribuição dos livros.

Além disso, utiliza mais de 50 livrarias nos campi de instituições de ensino superior do país e, por meio de acordos diretos, pode ainda contar com mais de 130 lojas em todo o território nacional e uma rede com 23 distribuidores autorizados.

Espaço democrático
Em média são recebidos, por ano, 120 pedidos de apreciação de obras pela Editora. E mensalmente são publicadas em torno de cinco a sete novos títulos, estimulando a produção dos mesmos, que com certeza terão um público leitor.

Todos os títulos do catálogo da Editora são encontrados na Biblioteca Central da UnB. Ao lançar novas obras, alguns exemplares são doados para a biblioteca.

O professor Henryk, diretor da Editora, lembra ainda que monografias e projetos finais de curso também podem ser publicados, desde que os assuntos sigam a linha editorial da mesma (ficção, poesias e crônicas não fazem parte desta linha).

O valor dos livros da Editora UnB é razoavelmente inferior ao das livrarias comuns. Ainda mais para estudantes, professores e servidores da Universidade, que obtêm desconto na compra que pode variar de 20% a 50%.

Apesar das facilidades, alguns usuários não vêem a Editora com bons olhos. “A livraria da UnB já foi melhor. Ela tinha uma maior variedade de livros e os preços são praticamente iguais aos das outras livrarias”, aponta a estudante de Artes Cênicas Janaína Coelho.

Qualquer pessoa pode publicar seu livro pela Editora UnB. É o que garante o diretor Henryk Siewierski. Para isso, basta enviar duas cópias impressas do exemplar à sede da Editora, na qual passará pela avaliação de um especialista no assunto tratado. Sendo aprovado, o contrato entre o órgão e o autor é assinado e as vendas garantirão uma renda de 10% dos lucros ao autor, valor estabelecido pelos direitos autorais.