domingo, outubro 30, 2005

Governo lança Guia Alimentar

A alimentação do brasileiro piora cada vez mais ao longo dos anos. Isso não ocorre apenas no Brasil, pois em vários países o consumo excessivo de alimentos prejudiciais à saúde é uma realidade. Os alimentos muito calóricos, ricos em gorduras, açúcares, sal e aditivos e também pobres em vitaminas, fibras e sais minerais, fazem parte do cardápio de milhões de pessoas ao redor mundo. E o consumo de legumes, verduras e frutas é cada vez menor.

Foi pensando nisso que o Ministério da Saúde lançou, no dia 20 de outubro, o Guia Alimentar para a População Brasileira, objetivando promover a saúde, com informações sobre como prevenir doenças, dicas alimentares e incentivos à realização de atividades físicas.

O guia mostra que uma alimentação saudável não é necessariamente cara, ao contrário do que as pessoas acreditam. Voltado à população brasileira, o guia é baseado em alimentos do Brasil e fundamentado em sua cultura alimentar. As pesquisas recentes comprovam que, devido a sua alimentação, o brasileiro vem sofrendo com doenças como a diabetes, hipertensão e claro, a obesidade. Assim, ele propõe alternativas para melhorar a qualidade do prato do brasileiro, visando a prevenção, por exemplo, das doenças cardíacas e do câncer.

O público alvo do guia são todas as pessoas interessados no assunto, porém os profissionais da saúde ganham espaço, por serem os principais orientadores de grupos populacionais. Além deles, os grandes empresários, responsáveis pela produção de alimentos, legisladores e comerciantes também são visados, pelas suas responsabilidades em torno da garantia de uma alimentação saudável a toda a população brasileira.

Outra crença popular é que no Brasil as pessoas que sofrem com problemas graves, como a obesidade, são das camadas ricas da sociedade, o que não é verdade. As taxas de obesidade, diabetes, hipertensão arterial, câncer e doenças cardíacas estão aumentando principalmente entre os mais pobres.

Buscando propor ao invés de prescrever, o guia fala dos problemas causados pelo tabaco, álcool, sedentarismo e ressalta a importância do consumo de variados alimentos. Ele mostra também que uma “alimentação saudável”, em geral, é constituída por três tipos de alimentos básicos: Os alimentos com alta concentração de carboidratos, como o arroz, trigo, pães, massas, batata e mandioca; As frutas, legumes e verduras; e os alimentos vegetais ricos em proteínas, como os cereais integrais, as leguminosas e carnes.

Uma pequena tiragem do guia foi distribuída gratuitamente em seu lançamento na semana passada, mas a próxima, de 5.000 exemplares, será repassada a partir de janeiro de 2006, para instituições ligadas a saúde, como as coordenações estaduais de alimentação e secretarias de saúde de municípios de todo o país.

Recomendações do Guia

· Manter o equilíbrio energético e o peso saudável;
· Limitar a ingestão energética procedente de gorduras; substituir as gorduras saturadas por insaturadas.
· Aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras, cereais integrais e leguminosas (feijões);
· Limitar a ingestão de açúcar;
· Limitar a ingestão de sal (sódio) de toda procedência e consumir sal iodado;
· Fazer pelo menos 30 minutos de atividade física diariamente;

Matéria para a seção Vida Longa do suplemento Escola
Aerton Guimarães

sexta-feira, outubro 28, 2005

O monstro do labirinto

Minotauro – o monstro com cabeça de touro e corpo de homem
Aerton Guimarães

O Minotauro é um dos mitos mais conhecidos das histórias gregas. Ele já estimulou diversos escritores e foi tema de filmes, desenhos e peças de teatro.
De acordo com a mitologia grega, Posêidon, deus do mar, enviou um lindo touro branco a Minos, rei de Creta, que deveria ser sacrificado em sua honra. Como o rei ficara deslumbrado com a beleza do animal, ele decidiu sacrificar outro touro, de menor beleza, em seu lugar.

Quando Posêidon descobriu a desfeita do rei Minos, decidiu vingar-se fazendo com que a esposa deste, a rainha Pasífae, se apaixonasse fortemente pelo touro. Dessa bizarra paixão nasceu Astérion, mais conhecido como Minotauro, ser monstruoso com cabeça de touro e corpo de homem que se alimentava somente de carne humana.

Furioso com a traição da mulher, Minos ordenou a Dédalo, um renomado engenheiro e construtor, que providenciasse uma espécie de prisão para a hedionda criatura. Assim, surgiu o labirinto no qual centenas de caminhos se cruzavam sem saída, onde Minotauro foi aprisionado.

Após muitos anos, Minos declarou guerra a Atenas, para vingar o assassinato de seu irmão Androgeu. Conseguiu tomar Atenas e impôs aos perdedores que estes deveriam enviar um tributo periódico de 7 moças virgens e 7 rapazes para serem encaminhados ao labirinto e servirem de alimento ao Minotauro.

Quando os atenienses se preparavam para pagar mais uma vez o tributo determinado por Minos, Teseu, filho do velho rei de Atenas, Egeu, se ofereceu para ir à Creta como um dos 7 rapazes para matar a criatura. Ele estava cansado de enviar vítimas ao monstro e queria dar um fim a essa situação.

Ao chegar à cidade conheceu Ariadne, filha do rei Minos, que se apaixonou por Teseu e decidiu ajudá-lo em sua tarefa. Para isso, deu a ele uma espada e também um novelo de linha para impedir que se perdesse no labirinto.

Teseu conseguiu matar o monstro e, ao seguir a linha desenrolada do novelo, saiu do labirinto juntamente dos outros que o acompanhavam. Ao lado de Ariadne e alguns amigos atenienses, eles fugiram de Creta em direção à Atenas. O príncipe logo virou rei e foi sempre reverenciado por seu corajoso ato.

Matéria para a seção Contos e Lendas do suplemento Escola do Jornal Planalto Central

quinta-feira, outubro 20, 2005

Luz, câmera, ação!

Considerada uma arte relativamente recente, o cinema nasceu mudo, ganhou voz e efeitos especiais e agora entra na era da terceira dimensão
Aerton Guimarães e Sidney de Souza

O homem sempre gostou de registrar imagens da realidade à sua volta. Os desenhos nas cavernas mostram a tentativa do homem pré-histórico de transmitir mensagens e narrar histórias. Mas eram imagens paradas. A técnica de animação mais antiga foi desenvolvida na China, por volta do ano 5.000 a.C. Era o “jogo de sombras”. Animais e homens tinham as sombras projetadas a partir de um ponto de luz como uma tocha na parede.

Até chegarmos ao cinema levou milhares de anos. Muita técnica de fixação de imagens foi desenvolvida antes disso. A câmara escura, de Leonardo da Vinci, a lanterna mágica, do alemão Athanasius Kirchner, e os avanços da técnica da fotografia precederam o aparecimento da primeira filmadora – o Cinematógrafo –, inventada na França, em 1895, pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. Era movida a manivela, tinha negativos perfurados e substituiu a ação de várias máquinas fotográficas na armazenagem do movimento.

A apresentação do Cinematógrafo ao público marcou o início do cinema. Em 1895, em Paris, os irmãos Lumière expuseram suas primeiras produções. Eram documentários simples sobre a vida cotidiana. Mas eles não sabiam ainda como captar e reproduzir o som junto com as imagens. O cinema nasceu silencioso. Dava até para ouvir o barulho da fita passando na máquina. Mas já em seu início a chamada sétima arte revelou um dos maiores gênios da produção cinematográfica, o britânico Charles Spencer Chaplin.

Chaplin produziu verdadeiras pérolas do cinema mudo, como O Garoto (1921), Em Busca do Ouro (1925) e Tempos Modernos (1936). Seu principal personagem, Carlitos – um vagabundo de bengala, chapéu-coco e calças largas –, torna-se ícone do cinema. Sem o recurso do som, Chaplin criou enredos e cenas que levavam – e ainda levam – o público das gargalhadas às lágrimas e vice-versa, com mensagens pacifistas e humanistas. O Gordo e o Magro (Oliver Hardy e Stan Laurel) também se destacam na era do cinema mudo.

A Primeira Guerra Mundial inviabiliza a produção cinematográfica na Europa e abre espaço para o cinema norte-americano. Surgem novas filmadoras, agora produzindo som junto com a imagem, e o cinema ganha força nos anos 20. A década de 30 consolida os grandes estúdios e consagra astros em Hollywood. A Warner Brothers produz o primeiro filme com música e efeitos sonoros sincronizados – Don Juan, de Alan Crosland.

Na década de 40 surgem as superproduções, como A Dama das Camélias, E o Vento Levou.. e O Morro dos Ventos Uivantes. Os novos recursos técnicos possibilitam o desenvolvimento de todos os gêneros, dos musicais às comédias, do suspense ao faroeste. Na tentativa de se diferenciar do esquema dos grandes estúdios de Hollywood, Orson Welles lança, em 1941, Cidadão Kane, filme que revolucionou a estética do cinema.

Mas o predomínio financeiro e tecnológico favorece os EUA, que se estabelecem como a terra do cinema. Surgem, a partir do fim da década de 1940, os desenhos animados e Walt Disney destaca-se como o grande gênio dessa arte no século passado. O mundo se deslumbra com Mickey, Pato Donald, Tom e Jerry e com filmes como O Mágico de Oz.

Com a invenção da televisão, no início dos anos 50, muita gente apostou no fim do cinema. Mas foi aí que surgiram grandes cineastas, como os italianos Felini, Pasolini e Bertolucci. O cinema troca o romantismo pelo realismo. A produção européia, sobretudo a italiana, rouba o espetáculo nas décadas seguintes. É a era dos filmes artísticos, de superproduções como Novecento, de Bertolucci, com duas sessões de quatro horas cada.

A partir da década de 1990, com o advento da informática, o cinema ganha efeitos especiais. Novos magos da sétima arte se projetam, como Steven Spielberg, autor ET, Gremlin e Parque dos Dinossauros. E novas mudanças prometem ocorrer com a técnica de 3D (três dimensões) utilizada nas mais recentes produções, como O Senhor dos Anéis.

Brasil, da Chanchada ao Cinema Novo

As filmagens no Brasil começaram em 1898, quando Afonso Segreto rodou o primeiro filme nacional. Eram cenas da Baía de Guanabara. Depois foram feitos pequenos filmes sobre o cotidiano carioca e sobre pontos importantes da cidade, como o Largo do Machado e a Igreja da Candelária, no estilo dos documentários franceses da época.

Com a chanchada, nos anos 30, começa a se formar um mercado consumidor interno. Surgem atores dedicados a este gênero, como Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade. O investimento mais ousado foi a inauguração, em 1949, dos estúdios da Vera Cruz. A partir dos anos 50 e 60 o Cinema Novo busca temáticas e linguagens nacionais.

Com Terra em Transe (1967), do baiano Glauber Rocha, o Cinema Novo evolui para formas alegóricas como meio de contornar a censura do regime militar. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), também de Glauber, ganham prêmios no exterior e projetam o Cinema Novo. Além de Glauber, também se destaca nessa época o cineasta Nélson Pereira dos Santos.

Nos últimos anos o Brasil tem se destacado com produções de qualidade e obtido vários prêmios internacionais e indicações ao Oscar. O Quatrilho (1996), O Que é Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999), indicados como melhores filmes estrangeiros ao Oscar, e Cidade de Deus, que concorreu em quatro categorias técnicas na premiação de 2004, mostram a franca evolução da produção cinematográfica nacional.

Esse foi meu primeiro texto publicado no caderno Escola do jornal Planalto Central, no qual faço estágio.

sábado, outubro 01, 2005

O outro

Àqueles que acessam meu blog em busca de novas informações e textos extremamente interessantes, peço desculpas por não o atualizar com mais frequência. Tenho me dedicado a outro blog, o lá da faculdade. Se quiserem acessá-lo: www.cacom.blogspot.com